quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

A cada segundo o meu estômago se contorce mais de dor e enjoo.
Preciso de um remédio pra curar essa ansiedade e esse clima de defunto que me cerca mais a cada dia.
Preciso dele pra poder me trazer de volta à vida.

Percepção

Eu não sei o que aconteceu. Porque tudo me parece tão estranho agora?
Eu não sei o porque da minha percepção sobre tudo ter mudado. Às vezes, eu penso coisas que ninguém pensaria. Eu penso coisas que não tem nada a ver, eu coloco palavras onde não tem.
Tudo mudou. E foi tão rápido, que eu não consegui acompanhar.
É tão estranho ter a percepção diferente. Ou mais madura, ou mais infantil. Eu não sei bem qual dessas é a minha, eu sei que ela é diferente.
Eu tenho me sentido estranha, porque nada mais me parece certo.
Eu queria tanto mudar a minha percepção sobre o certo e o errado.
Eu não sei o aconteceu. Eu me sinto tão... vazia.
Parece que falta algo. Mas tudo está como sempre foi.
Meu peito parece que está aberto e meus olhos me parecem sempre estar cheios de areia. Lacrimejam a todo momento. E eu não consigo controlá-los.
A minha percepção do meu próprio corpo mudou. Parece que eu não sinto mais meu coração. Na verdade, eu não sinto mais as minhas veias, como sentia antes. E isso é totalmente estranho.
Aqueles mesmos lugares, que eu costumava frequentar, hoje são diferentes... são quase errados  pra mim; eu não sei mais o que fazer.
Eu acho que eu morri. Eu não ... sei!
Eu me sinto deslocada dentro de meu próprio corpo. Como se meu corpo e minha alma não concordassem em algo.
E podem até dizer que estou louca, mas é assim que eu me sinto.
A minha percepção mudou, e foi tão rápido que nem deu tempo de eu me adaptar.
Sabe... meus desejos andam tão estranhos... eu sinto desejo de fazer logo uma faculdade, de ter uma filha... não sei se é assim que tem que ser, mas me parece que não. Porque uma garota de 13 anos teria vontade de ter uma filha?
Sei lá, sabe... eu to querendo tanto desistir. Porque eu tenho tanto medo de tudo ficar tão pior.
A sociedade, os padrões, as pessoas... o mundo. Não sei...
Eu já não gosto muito de pessoas, padrões, sociedade, e mundo... imagina se tudo piorar?
Queria tanto ter logo a minha filha, criá-la bem pra ser uma garota pensante e ir embora logo daqui, pra poder pedir à Deus pessoalmente pra proteger minha filha e cuidar do mundo.
Ou eu só queria que as pessoas parassem de achar que podem colocar padrões em tudo, que podem fazer uma garota se matar por causa desses malditos padrões.
Eu to cansada.
Eu queria tanto desistir.
Porque minha percepção já não é mais a mesma e as coisas estão ficando difíceis...
"No cansaço de tentar, quis desistir. Se é coragem eu não sei. Tenta achar que não é assim tão mal, exercita a paciência. Guarda os pulsos pro final, saída de emergência. (...) Só mais um gole, duas linhas horizontais. Sem a menor pressa, calculadamente. Depois do erro, arrédeia o Sol. (...) Guarda os pulsos pro final, saída de emergência..." - Pitty

Algo sobre como me sinto

Ando me sentindo meio... estranha. Meio diferente... meio fora de mim.
Ando me sentido meio triste... meio confusa, meio alegre.
Ando me sentido não eu mesma.
Ando me sentido fora de padrões.
Ando me sentido tão mal...
Ando sentido tanto aquela dor na boca do estômago, aquela coceira no pulso, aquela ardência nos olhos, aquele vazio no peito...
Ando me sentindo tão... morta!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

De você

Esse vidro fechado, e a grade no portão. Suposta segurança, mas não são proteção. E quando o caos chegar, nenhum muro vai te guardar. De você é... De você é... De você é...
Protótipo imperfeito, tão cheio de rancor. É fácil dar defeito, é só lhe dar poder. E quando o caos chegar, nenhum muro vai te guardar. De você é... De você é... De você é... (...)
Se tornam prisioneiros das posses aos redor. Olhando por entre as grades o que a vida podia ser. Mas quando o caos chegar, nenhum muro vai te guardar. De você é... De você é... (...)
E é com a mão aberta que se tem cada vez mais. A usura que te move, só vai te puxar pra trás. (...)
(Pitty)

Final Feliz

Sempre quando penso na minha vida daqui uns dez, quinze anos, eu sempre me imagino com a minha pequena.
Sim, uma filha. De olhos levamente puxados, com um sorriso encantador e muito fofa.
Sempre me imagino incentivando-a a correr atrás de seus sonhos, levando-a na escola, ensinando-a a amar,  a ter um ídolo e ama-lo.
Mas eu sempre me imagino sozinha. Na minha cabeça, nunca vai ter alguém que me aguente e fique comigo pra cuidar de um filho, pra sempre. 
Ou, eu tenho tanta certeza de que, um dia, eu me envolverei com aquele que poderia me fazer feliz e teria uma filha com ele, e nunca contaria nada disso à ele.
Porque, com certeza, depois de me envolver, eu perderia o contato com ele. 
E seria mais ou menos assim: eu contaria a minha história com meu eterno amor pra ela, todas as noites, e explicaria porque o pai dela nunca esteve presente. Eu mostraria as fotos mais bonitas dele à ela e explicaria que a culpa não era dele, de não estar ali, que ele era muito bonzinho e sempre amou a mamãe. 
Eu me imagino brincando, cuidando e explicando coisas à ela. E ela se chamaria Luiza. Luiza Kobayashi. 
Eu nunca me cansaria do sobrenome dela, nem do porque de ter dado à ela esse nome. Eu explicaria à ela quem era o pai dela, e porque eu o amava tanto.
Eu não imagino alguém cuidando dela comigo. Eu não imagino ninguém perfeito o bastante pra cuidar dela, a filha "dele". Eu sequer, me acharia perfeita para o cargo de mãe dela.
Ninguém entenderia o porquê de eu ama-lá mais do que qualquer coisa, depois dele. Ninguém entenderia o porquê dela ser tão especial. E eu não contaria à ninguém.
Então, um dia, eu o encontraria de novo, e apresentaria à ele sua filha. E quando ele a visse, seus olhos iriam brilhar, ele iria me odiar por alguns segundos, por não ter contado nada à ele. Ela amaria o pai à primeira vista, igual à mim. Ele iria querer vê-la todos os dias e, aos poucos, iria roubar todo amor dela, me deixando com ciúmes, então ele me explicaria que ela também me ama.
Eu seria como uma criança boba com ciúmes dele e ele iria se divertir com isso. Seríamos melhores amigos, e cuidaríamos dela como quem cuida de uma flor. Com muito amor e carinho. Amaríamos ela mais do que a nossa vida.
Ele voltaria com aquela que sempre o fez feliz, eles teriam uma filha, e ela seria amiga da nossa Luiza. Elas seriam melhores amigas.
E, um dia, eu iria adotar um menininho de olhos puxados e iria dar à ele o nome do meu maior amor. Então, um dia, eu encontraria alguém especial e ficaríamos juntos pra sempre.
Eu, ele, nossa filha, a mulher que o faz feliz, o homem que me faz feliz, e os outros dois filhos. Dividindo isso tudo com os melhores amigos dele, e minhas melhores amigas. Nessa família desconcertada e diferente, teríamos o nosso Final Feliz.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Eu totalmente in love <3 https://twitter.com/#!/MyReasonLucasH/status/172842007180484609/photo/1

Fraqueza

Eu sorrio, eu pareco forte, eu rio na cara daquele que me fez sofrer... 
Sou forte, não é verdade? Não. Eu sou fraca. Sou tão fraca que não consigo nem ser verdadeira, não consigo nem demonstrar meus sentimentos... tenho medo do julgamento.
Sou tão fraca que nem pras minhas amigas eu falo que estou tão triste e espero a hora de chegar em casa pra tomar um bom banho e chorar, pra poder retirar tudo de ruim e sair do banho renovada.
Sou tão fraca que nem consigo transparecer a tristeza e finjo o tempo todo.
Sou tão fraca que sempre sorrio com vontade de chorar, sempre rio quando quero deitar a cabeça na cadeira e me esquecer de tudo um pouco.
O que? Isso pra você é ser forte? HAHA. Pra mim isso se chama fraqueza, covardia...
Porque eu tenho medo de ser julgada, medo de ser crucificada por uma lágrima, por uma tristeza... Por isso eu finjo, o tempo todo, pra parecer forte.
Mas eu só pareço forte. Lá no fundo, eu sou fraca e medrosa. Eu tenho medo do julgamento.