segunda-feira, 30 de abril de 2012

Dois anos

 Esse ano faz dois anos. Do que? Do eu e você.
 Sim. Porque não posso dizer "nós", porque, na verdade, nunca existiu um "nós". Apenas um "eu e você" juntos, mas separados.
 Eu lembro como se fosse ontem, a primeira vez que meu coração acelerou quando te vi. Lembro do primeiro beijo, lembro das brincadeiras, das dores, das conversas. Lembro de praticamente tudo.
 Nem parece que já passou tanto tempo. Tanto tempo que você mudou tanto.
 Eu tava pensando, em tudo o que a gente conversou, tudo que a gente ja falou... tudo o que ja aconteceu. Sabe, eu acho que você deveria dar um pouco mais de valor pra isso. Eu acho que você deveria começar a contar os anos de amizade, pra depois poder contar os anos nos quais eu fui sua... "bonequinha", seu "brinquedinho".
 Eu acho que você deveria parar com isso. Porque eu não quero mais isso. Eu to cansada.
 Sabe, dois anos te querendo é de mais. E dois me querendo, parece que também é de mais pra você, que fica e depois esquece. 
 Dois anos que deveriam ser levados em consideração, dois que deveriam valer de alguma coisa em seu coração de pedra. Dois anos que deveriam mexer com você. 
 Mas não mexem.
 Não sei porque, mas me deu vontade de escrever esse texto. Sobre você, e sobre tudo que eu acho que deveria ter importancia.
 E sabe do que mais? São dois anos nos quais meu coração se acelera toda vez que te vê. São dois anos nos quais minha cabeça fica confusa quando você sorri ou me abraça. São dois anos nos quais, você me faz sentir bem, a pessoa mais feliz do mundo. São dois anos totalmente errados. 
 Dois anos amando você.

sábado, 28 de abril de 2012

Um no qual eu me lamento

 Sabe, sou tão estúpida. Pois só sei escrever sobre você. Só sei escrever coisas que têm a ver com você.
 Eu pensei em escrever algo diferente, algo que não seja sobre você. Eu tentei, mas fiquei lembrando do seu sorriso e da sua risada e toda a minha linha de pensamento se desfez.
 Eu não sei porque seu sorriso causa esse efeito em mim. 
 Mas, na verdade, tudo em você me deixa sem ar, me deixa tonta e confusa, faz meu coração acelerar...
 Eu ando tão zumbi ultimamente. Eu não tenho prestado muita atenção ao mundo a minha volta, sempre ocupada de mais no meu mundo particular. Apenas eu e você.
 Uma adolescente boba e apaixonada. Romântica incurável. É isso que eu sou. E estúpida também.
 Eu não me importo. 
 Eu queria que você se importasse, um pouco mais. Comigo e com meu coração, que pertence a você e você sabe muito bem disso. E mesmo assim trata como se fosse brincadeira, não leva a sério.
 Mas é que pra você é tudo uma brincadeira, não é mesmo? Você não se importa. 
 E mesmo assim, a idiota aqui continua pensando que pode existir algo. Já não tenho mais tanta fé. 
 Eu lembro de quando podia ter alguma possibilidade de existir algo. Eu lembro de quando você gostava do meu sorriso, das nossas conversas, do meu coração acelerado e do meu abraço.
 Eu já cansei. Até porque você é bem mais indeciso e confuso que eu. 
 Eu tenho medo... medo de perder o que não é meu. Medo de perder aquele que não me pertence, você...
 Eu sei... eu sei... não tem o menor sentido, nem a menor coerência. Mas foda-se. Ele nunca vai ler e nunca vai entender.
 Não precisa ter sentido.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Mais um que fica uma droga por sua culpa


 Como sempre, eu vou falar sobre você. Falar, não. Escrever.
 Eu estava lembrando daqueles velhos tempos, quando a gente conversava quase todos os dias e passávamos quase a noite toda falando bobagens sem sentido. Essas lembranças despertam um sentimento desconhecido. Um sentimento que me faz sorrir.
 Com uma lágrima no canto do olho.
 Eu tenho saudades daquele meu muleque. Sim, você. Meu muleque. Você não é mais aquele muleque que brincava com tudo, e ás vezes, até machucava. Aquele muleque que achava que tudo era motivo pra me zuar. Aquele muleque que nem olhava pra mim quando falava.
 De certa forma, você mudou pra melhor. Mas algumas coisas me deixam com saudades. 
 Como quando a gente conversava mais.
 Hoje em dia, quase nem conversamos, só quando nos vemos mesmo.
 Mas quando nos vemos, é aquela velha história... seu sorriso, meu sorriso e meu coração disparado. 
 Você cresceu, e acho isso até um pouco bom.
 Agora você é mais sério.
 Agora esse garoto não brinca com tudo, não brinca com os sentimentos. Agora esse garoto não acha que tudo é motivo pra me zuar. Agora esse garoto sorri toda vez que me ve. Agora esse garoto me fala coisas mais sentido ainda, com menos coerência. Agora esse garoto olha de mais pra mim enquanto conversamos.
 Meu garoto.
 Eu gosto quando você chega como quem não quer nada e vem me falando coisas sem sentido, apenas pra puxar assunto. Eu gosto quando você se faz de difícil, na "vergonha" de falar comigo. Eu gosto quando eu chego e você começa a simplesmente falar sobre tudo. Eu gosto quando você simplesmente senta do meu lado e fica pensando, me deixando pensar. Eu gosto quando você fala que eu te irrito. Eu gosto quando você me irrita. Eu gosto quando você me abraça sem motivo. Eu gosto quando você simplesmente, me beija. Eu gosto quando você.. é você.
 Sabe, eu vivo falando que preciso te esquecer, mas... não sei. Você... você... eu não sei. Existe uma necessidade tão grande em mim. Uma necessidade de você.
 Sabe, isso deve estar ficando horrível. As pessoas devem ter se cansado de você, e ja devem ter descoberto quem é você. Porque eu te descrevi tão... detalhadamente. Tão profundamente. E acho que na real, você não é nada disso que eu disse.
 Eu amo você. Insuportável.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Aquele sobre um casal...

 Ela queria tirá-lo um pouco da cabeça. Tirar todas as lembranças, os sorrisos, as brincadeiras, os beijos, a dor...
 Tudo que o envolvia era bom de mais pra ser deixado pra trás. Até a dor.
 Tão inocente... Tão masoquista. 
 Ela tinha que esquecer. O sorriso dele quando estava com ela, as conversas, as brincadeiras, cada toque, cada beijo, cada olhar...
 E lá estavam as lembranças de novo. Ela balançou  a cabeça.
 Esquecer, esquecer, esquecer, esquecer... Esquecer? Aquele sorriso? Impossível!
 Travando discussões internas, ela  passou a manhã. Eram mais ou menos 14:30. Ela deu uma ultima ajeitada no cabelo e na roupa. Deu uma ultima olhada.
 Ela foi até ela, onde ela sabia que ele estaria. Ele a recebeu com aquele abraço que ela amava e a envolveu com aquele cheiro no qual ela era viciada. Ela ficou tonta. O mundo deixou de existir. 
 Ele, era a única coisa que ela via. Os olhos, o sorriso leve, malicioso e quase invisivel nos lábios dele, as mãos em sua cintura. Ela estava próxima de mais. Aquilo podia causar sérios danos depois.
 Quem se importava? Ela estava com ele! Ele estava ali, com ela.
 Ela se pegou com os lábios nos dele, se divertindo. Ele com as mãos firmes em volta de sua cintura. As mãos dela firmes em volta do pescoço dele.
 Nada mais importava. Não importava se ela sofrerira depois, não importava se tinha pessoas olhando o jeito impróprio como eles beijavam. Simplesmente não importava.
 Não existia nada. Não existia o mundo; tudo havia sumido.
 Só havia os dois, aquele beijo e o amor que sentiam um pelo outro.

Ciúmes

Eu tenho ciúmes, e não é um ciúme normal, e sim, mortal.
Eu sinto ciúmes do sol que toca sua pele, eu sinto ciúmes do ar que você respira, eu sinto ciúmes da água que escorre pelo seu corpo todos os dias, eu sinto ciúmes das roupas que te tocam mais que eu, eu sinto ciúmes daquelas garotas que você está sempre abraçando, eu sinto ciúmes do seu espelho que te vê todos os dias, eu sinto ciúmes do seu travesseiro, e da sua cama que tem seu peso sobre eles todos os dias, eu sinto ciúmes do seu computador, que recebe mais atenção que eu às vezes. Eu sinto ciúmes daquela raquete e daquela bolinha, sim, que às vezes tomam o lugar das minhas mãos, que ficam onde minhas mãos deveriam estar.
Eu sinto ciúme de seus amigos que podem rir a vontade com você, eu sinto ciúme daquelas garotas que você vai cumprimentar todos os dias, eu sinto ciúmes do seu mouse, que, por acaso, você toca mais do que me toca. Eu sinto ciúme de tudo o que te cerca, eu sinto ciúme de tudo que te faz sorrir. Eu sinto ciúme daquelas que fazem você ter aqueles pensamentos que deveriam pertencer somente a mim mesma.
Eu sinto ciúmes de você, de quando aquelas garotas te olham e quando você dá moral pra elas. Eu sinto ciume de todas elas.
Eu tenho esse instinto possessivo, porque você deveria ser somente meu. Seus abraços, seus beijos, seus sorrisos, seus pensamentos, seu corpo, seus toques, tudo em você.
E mais uma coisa: eu sinto falta daqueles braços calorosos abertos que sempre me esperavam quando eu chegava, eu sinto falta daquela intimidade e daqueles toques. Sinto falta de quando você sentava no meu colo só pra me irritar e ficava brincando com minhas mãos. Eu sinto falta.
Eu sinto falta de você.
Do meu muleque safado e insuportável que você era.

domingo, 22 de abril de 2012

Eu queria escrever...

Eu queria escrever algo que te fizesse parar e pensar. Pensar que talvez eu seja tudo o que você precise.
Eu queria escrever algo que fizesse um sorriso espontâneo aparecer em seus lábios. Queria escrever algo que pudesse te fazer sentir tudo aquilo que só você me faz sentir, pelo menos que te fizesse entender como você faz eu me sentir.
Eu queria escrever algo explicando o quanto o seu sorriso é lindo, o quanto é bom quando você sorri pra mim e fica com aquela cara de idiota que só você sabe fazer.
Eu queria escrever algo pra tentar te fazer entender o quanto meu coração acelera quando você chega perto de mim, com esses olhos profundos penetrando em minha alma. Pra te fazer entender como é bom quando você me abraça, e se demora com as braços em minha cintura.
Eu queria escrever algo explicando como são boas aquelas nossas longas conversas sem o menor sentido. Explicando o quando eu gosto quando você se demora com os lábios nos meus, ou quando você toca em mim, sem motivo, sem avisar.
E também, eu amo quando você vem com brincadeiras idiotas, ou segura na minha mão.
Eu amo seu beijo, amo seu jeito estranho e insuportável. Amo suas idiotices e suas caretas.
Até quando você fala das outras eu amo. Eu amo quando você é estúpido do seu jeito fofo.
Eu queria escrever algo que te convenssece que eu sou a certa. Eu queria te converser a me amar, ou a se declarar.
Eu queria escrever algo que pudesse te fazer sentir tudo o que eu sinto quando você sorri.
Não sei se consegui, mas tentei.
E mais uma coisa: Eu amo você.

ik

sábado, 21 de abril de 2012

Um sobre escrita

Sabe quando você anda sem nenhuma inspiração? Meus ultimas dias tem sido assim. E é uma tortuta total, pra uma garota que é totalmente viciada no que faz. 
Bem, não examente, no que faz. Como se eu ganhasse algo por isso. 
Eu sou o tipo de garota viciada em escrita, textos, etc. E é quase impossível viver sem escrever. Ficar algumas semanas sem escrever nada de nada é uma total tortura.
Porque o que eu sinto é um amor, uma paixão tão grande pela escrita. Pela forma como é muito mais fácil me expressar e me lirbertar por ela. A escrita é um tipo de refúgio, um tipo de amigo secreto, um tipo de caixinha de segredos. 
Meus maiores segredos estão escritos. Em linhas tortas e confusas, com frases sem sentido, pra outras pessoas, mas com muito significado pra mim.
Textos são como... como... não sei bem como explicar. Eu amo escrever. Simples assim.
Escrever me liberta, me ajuda, me faz conseguir sorrir com a maior vontade de chorar. Escrever me permite entrar num mundo desconhecido e cheio de possibilidades. Escrever liberta minha mente e imaginação. Escrever me faz ter esperança. Esperança de que nem tudo está perdido e ainda existem algumas mentes que estão dispostas a fazer as outras mentes podres a mudarem.
Só queria que todos entendessem a importancia de escrever. Só queria que todos entendessem essa necessiadade.
Eu sei que tudo o que eu to falando pode não ter o menor sentido pra você, mas se você se esforçar um pouquinho, talvez veja o sentido enorme por trás dessas palavras e frases rabiscadas, sem o menor sentido e coerência.
Talvez, escrever seja só isso mesmo. Pensamentos incoerentes tentando se organizar em frases, em linhas e em palavras que nunca descreverão real e profundamente o que querem dizer.

domingo, 15 de abril de 2012

Só mais uma história de amor.

 Ela esfregou os olhos, pela décima vez só naqueles poucos 10 minutos em que estivera ali.
 Aquele lugar lhe dava calafrios. Nem mesmo ela sabia porque estava ali. Mas aquele lugar lhe trazia alguma familiaridade, algum conforto. Era o único lugar em que ela conseguia se sentir realmente... em casa.
 Nem ela mesmo sabia o porque daquilo. Talvez porque fora ali o lugar em que ela sempre o encontrava. Seu príncipe encantado. Que não era nem tão príncipe, nme tão encantado como ela imaginava. Ela também já não se importava.
 O lugar estava cheio, ela procurou pelo cantinho vazio, ela se sentou e esperou. Esperou que qualquer sentimento a tomasse. Mas não aconteceu nada. Só o cheiro forte de fumaça, alcool e gente suada a atingiu.
 Ela tossiu e coçou o nariz. Aquilo a irritava.
 Pelo menos, não estava com aquelas vertigens estranhas e enjoos fortes de sempre.
 Ela vasculhou o bolso de trás da calça desgastada e pegou um maço de cigarro. Aqueles que eles sempre fumavam. Porque ela insistia naquilo?
 Ela pegou seu esqueiro e acendeu o cigarro. Que droga era aquilo que ela estava fazendo? Estava se matando, aos poucos, porém, rápido de mais.
 Com tragadas rápidas, ela terminou o cigarro. Coçou o nariz, se levantou dali e foi procurar o que fazer.
 Ela saiu dali, meio tonta com o cheiro de funaça horrível que o lugar tinha. Enquanto saía dali, alguns olhares atravessaram o corpo dela. Ela se encolhia.
 Ela saiu dali e arrumou sua blusa. Que merda ela estava fazendo com sua própria vida?
 Ela vasculhou o bolso de trás da calça novamente. Pegou seu pacotinho precioso. Nem ela sabia porque fazia aquilo. Pegou seu pedaço de papel, enrolou seu pó no papel e acendeu o cigarro improvisado. Ela deu de ombros e deu aquela velha e boa tragada.
 Depois de mais uns cinco daqueles, ela já nem sabia onde estava. Tudo parecia certo e em seu lugar, tudo parecia bem. Sem nanhuma ferida, sem nenhuma dor. Ela sabia que estava deitada em algum chão, em alguma rua, em algum lugar. Ela estava se sentindo bem, mas não estava.
 Ela sentiu braços fortes a levantando dali e deixando seu cigarro cair de seus dedos.
 - Não!
Ela protestou. Os braços a seguraram mais forte. Ela os conhecia de algum lugar.
 - Dá pra ficar quieta?
Ela resmungou, sem conseguir falar. Ele apenas chingou baixo. Ela não viu mais nada.
 Ela acordou, ainda estava escuro. Estava em um quarto, e não era o seu. Estava deitada em uma cama, e não era a sua. Ela olhou em volta o viu.
 Ele soltou um suspiro aliviado, tentando não demonstrar isso a ela. Ele sorriu.
 - Oi.
Ela mordeu o lábio. Era ele!
 - É... oi?
Ele sentou ao lado dela na cama, colocou seu cabelo bagunçado pra trás da orelha e a olhou.
 - O que foi?
Ela engoliu o nó em sua garganta e ignorou o enjoo que tomou a boca de seu estômago.
 - Porque? Porque você está aqui? Já não bastou ter me deixado? E feito eu me sentir um nada? E depois ainda vem me ajudar. Pois saiba que é por sua causa que eu estava naquele estado. Agora vai finjir que se importa?
Ele sorriu.
 - Era.. por mim?
Ela deu de ombros.
 - Você não respondeu nenhuma das minhas perguntas. Porque você está aqui? Porque me trouxe pra cá?
 - Porque eu te amo.
Uma lágrima escapou.
 - Mentiroso!
Ela se sentou, irritada e uma vertigem a tomou. Ele olhou nos olhos dela.
 - Eu amo você, princesa.
 - Mentira...
Ela sussurrou. Ele pegou as mãos dela e a olhou nos olhos, profundamente. Ela perdeu o fôlego.
 - Desculpa ter te deixado. Eu fiquei com medo de que se continuasse comigo, você fosse ficar assim... fosse acabar fazendo besteiras. Que nem eu sempre faço. Fiquei com medo que seguisse o mesmo caminho errado que eu. Mas agora eu percebi que comigo você está muito melhor.
 - Para... de mentir... olhando em meus olhos.
 - Eu não estou mentindo. Eu te amo. Eu te ajudei não foi? E agora eu juro, que nunca mais te deixarei. Vou cuidar de você, minha pequena princesa.
Ela sorriu, ele a tomou nos braços e a beijou. Eles ficaram a noite toda juntos, como nos velhos tempos.
 E ela descobriu que quem ela pensava ser seu príncipe de araque que a feriu, era seu maior príncipe encantado. Ela ficou com ele, pra sempre.