segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ciúmes

Eu tenho ciúmes, e não é um ciúme normal, e sim, mortal.
Eu sinto ciúmes do sol que toca sua pele, eu sinto ciúmes do ar que você respira, eu sinto ciúmes da água que escorre pelo seu corpo todos os dias, eu sinto ciúmes das roupas que te tocam mais que eu, eu sinto ciúmes daquelas garotas que você está sempre abraçando, eu sinto ciúmes do seu espelho que te vê todos os dias, eu sinto ciúmes do seu travesseiro, e da sua cama que tem seu peso sobre eles todos os dias, eu sinto ciúmes do seu computador, que recebe mais atenção que eu às vezes. Eu sinto ciúmes daquela raquete e daquela bolinha, sim, que às vezes tomam o lugar das minhas mãos, que ficam onde minhas mãos deveriam estar.
Eu sinto ciúme de seus amigos que podem rir a vontade com você, eu sinto ciúme daquelas garotas que você vai cumprimentar todos os dias, eu sinto ciúmes do seu mouse, que, por acaso, você toca mais do que me toca. Eu sinto ciúme de tudo o que te cerca, eu sinto ciúme de tudo que te faz sorrir. Eu sinto ciúme daquelas que fazem você ter aqueles pensamentos que deveriam pertencer somente a mim mesma.
Eu sinto ciúmes de você, de quando aquelas garotas te olham e quando você dá moral pra elas. Eu sinto ciume de todas elas.
Eu tenho esse instinto possessivo, porque você deveria ser somente meu. Seus abraços, seus beijos, seus sorrisos, seus pensamentos, seu corpo, seus toques, tudo em você.
E mais uma coisa: eu sinto falta daqueles braços calorosos abertos que sempre me esperavam quando eu chegava, eu sinto falta daquela intimidade e daqueles toques. Sinto falta de quando você sentava no meu colo só pra me irritar e ficava brincando com minhas mãos. Eu sinto falta.
Eu sinto falta de você.
Do meu muleque safado e insuportável que você era.

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