Parte 5
- Para de olhar assim.
- Assim como?
Como, Nathalia? Como?
- Assim, uai.
Me sentei, dando de ombros.
Ele sentou também e riu.
- O que foi, nathalia?
Mexi no cabelo. Eu também
não sabia.
- Sei lá...
Ele riu. Porque ele tava
rindo? Meu Deus, como eu to confusa!
- Relaxa... – ele se aproximou e foi pra trás
de mim, fazendo uma espécie de massagem em minhas costas. – porque ta tão
tensa?
Me virei de frente pra ele. Ele estava só de
cueca, e eu completamente nua.
Num instinto louco, eu passei meus braços em
volta do pescoço dele e o abracei forte. Ele se assustou de primeira, depois
passou os braços em volta de minha cintura e me abraçou forte. Eu quase chorei.
- Ei...
- O que?
- Posso te falar uma coisa?
Ele se sentou na cama,
pegou minhas pernas e passou em volta da cintura dele. Então, me olhou,
segurando minhas mãos e falou:
- Pode.
Eu escondi o rosto no
peitoral dele, suspirei e comecei a falar, baixinho.
- Eu gosto de você, muito. Desde daquele dia.
Desde aquele primeiro toque a mais.
Ele beijou o alto da minha cabeça e sorriu em
meu ouvido.
- Vou te contar um segredo – ele sussurrou –
eu também.
Meu coração acelerou, eu
virei o rosto pra ele, ele me olhou e sorriu. Os dois sabiam o que aconteceria
a seguir.
Ele aproximou o rosto do meu, devagar, então
colou os lábios de leve nos meus, me puxou pra mais perto pela cintura, e
deixou as mãos em minha lombar. Eu beijei de leve os lábios dele várias vezes,
ele tirou os lábios dos meus e foi indo pro meu pescoço, beijando o
delicadamente, me arrepiando. Coloquei as mãos na nuca dele, e passei as mãos
pelo cabelo. Ele desceu mais as mãos e me puxou pra mais perto. Eu estava sem
fôlego, ele voltou aos meus lábios e me beijou com doçura e desejo. Um beijo
demorado se estendeu, então me deu uma vontade louca de tirar a minha roupa –
que na verdade eu não sabia nem onde estava – e a dele.
Nesse momento, ele interrompeu o beijo e
pigarreou.
- Acho melhor a gente parar... com isso.
Ele estava envergonhado, eu
achei bonitinho e não conti um risinho.
- Que foi?
- Nada. Só achei bonitinho você com vergonha.
Ele sorriu, tímido.
- Que horas são?
Ele pegou o celular na
cômoda ao lado da cama. Olhou as horas, ainda com uma das mãos em minhas costas
e acariciando-a levemente, fazendo eu me desconcentrar do mundo.
- Quase oito. Você não tem que ir embora?
- Nossa! Ta me expulsando é?
Ele riu.
- Você sabe que não, linda.
- Linda? Hmmmmmmmmmmmmmmmmmmm.
- Para, chata. Não posso te dar um apelido
carinhoso não?
Ele fez biquinho. Eu ri.
- Claro que pode, mômô.
O sorriso dele foi de
orelha a orelha.
- Mômô?
- Eu não posso te dar apelido carinhoso não?
Ele riu.
- Claro que pode, mozinho – ele colou os
lábios nos meus. – agora vai tomar um banho, porque sua mãe já deve ta
preocupada.
- Isso me expulse mais. Da próxima vez eu não
venho.
Ele fez uma carinha fofa e
me beijou.
- Oh, mozinho, não to expulsando, to falando
isso pro seu bem. Entende?
Sorri.
- Claro que entendo, mômô, já to indo tomar
banho.
Me desentrelaçei dele e fui
até o banheiro tomar um banho.
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