quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sobre vontades, livros e bandas desconhecidas

 Eu tenho umas músicas que explodem meu cérebro. É tipo um rock não muito pesado, mas suficientemente caótico pra me deixar com vontade de ficar ouvindo-o o dia inteiro e arranjar uma provável surdez. Quem liga para audição quando se tem música boa e suficientemente caótica e alta no seu ouvido?
 Às vezes, me acontecem algumas coisas que me deixam meio frustrada e com vontade de desistir das poucas coisas às quais eu realmente me dedico. Tipo perder todo o trabalho de quase um ou dois anos por um descuido. Sério, isso me deixa completamente sem vontade de continuar me dedicando a tais coisas. Enfim... Isso não é assunto para esse texto.
 Eu tenho andado meio caótica, as músicas só são um reflexo da confusão em mim. Não que algum dia eu tenha sido tipo mpb ou "Balance, nunca nunca desista (balance!)", eu sempre fui mais como legião urbana, sabe... "tenho andado distraído, impaciente e indeciso e ainda estou confuso". Talvez seja por isso que eu goste tanto dessa música, ela me é em gênero, número e grau ou melhor: em letra e melodia. O que é melhor ainda, porque gramática não tem nenhuma magia. Poesia é bem melhor e eu só não escrevo porque não tenho capacidade pra isso. Falando sobre músicas caóticas ainda... Além de ser música caótica que ninguém relativamente normal gostaria de ficar ouvindo o dia inteiro, ainda é de uma banda bem pouco conhecida Aliás, acho mais divertido gostar dela porque ninguém conhece, é como se ela fosse só minha e eu meio que crio um ciuminho bobo em volta, mas é gostoso a sensação de ter uma coisa só isso e só compartilhar com quem você bem deseja porque meio que ninguém conhece.
 Eu tenho meus segredos de estado que nem diz uma música da minha bandinha desconhecida "ninguém pode me encontrar aqui, esse é o meu lugar secreto que ninguém conhece e ninguém vai conhecer". Gosto dessa música particularmente porque me leva a ter uma discussão mental bem interessante. E não vou compartilhar aqui porque ainda não cheguei a nenhuma conclusão decente. Afinal quando é que eu chego à alguma conclusão nessa vida? Eu acho que nunca né
 Eu nem lembro mais qual era o objetivo disso, mas acho que não era falar sobre bandas desconhecidas e minha falta de capacidade de chegar a qualquer conclusão e me posicionar sobre alguma coisa.
 Bom, eu estava lendo um livro agora há pouco que me fez perceber quão medíocre a minha vida toda é. Na verdade, eu percebo isso meio que o tempo inteiro, mas esse pseudo escritor tem um jeito bem peculiar de dizer pra mim que eu não to fazendo nada de produtivo da minha vida e isso realmente borbulha um milhão de ideias na minha cabeça de coisas pra fazer pra ser pelo menos útil pra fazer algo da vida. Se bem que, segundo grande maioria, eu não seria capaz de ser útil pra nada. Concordo em alguns pontos.
 A verdade é que toda essa baboseira e esse falatória desnecessário serviu apenas pra dizer que no final eu só quero ser alguma coisa e preciso deixar de ser preguiçosa e proteladora de carteirinha para isso. E talvez eu desista de uns cinco ou de uns cinco mil projetos antes de resolver efetivamente fazer alguma coisa, como sempre acontece. Mas acho que agora é diferente essa coisa de vontade de fazer diferença, nem que seja apenas na minha própria vida. Acho que tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo e nada melhor que esse momento caótico de adolescente cheia de hormônios pra tentar fazer alguma coisa decente. Talvez eu não consiga.
 Mas é que a vida é isso mesmo: apostar em cosias que sabemos que vai dar errado porque simplesmente dá vontade de apostar nessas coisas. E se for pra dar certo em alguma ponto, não tem problema quebrar a cara.

Nenhum comentário:

Postar um comentário